A morte do rottweiller Lobo, arrastado por um quilômetro pelo dono em uma caminhonete nas ruas de Piracicaba-SP, sensibilizou milhares de pessoas na internet em favor da criação de leis mais severas para punir casos de maus-tratos contra animais. Os internautas promovem uma petição pública pedindo a criação da “Lei Lobo”.
Nesta quinta-feira (17), um dia depois da morte de Lobo, um grupo de pessoas revoltadas com o crime e com a impunidade se aproximando, laçara um abaixo-assinado, no site Petição Pública, pedindo punições mais severas para casos de maus-tratos animais como, abandono, violência e até morte, como no caso de Lobo.
O abaixo-assinado está sendo divulgados nas redes sociais Twitter e Facebook com a tag #LeiLobo.
De acordo com o texto da petição, a ‘legislação atual é branda’ e a ‘sensação de impunidade reina no país’ e por isso foi lançada essa petição pública que aguarda um número exorbitante de assinaturas de pessoas indignadas com o caso Lobo para “encaminhar o processo ao poder executivo, legislativo e Judiciário, bem como ao Ministério Público”.
“Este abaixo-assinado foi organizado com 2 propósitos: repudiar veementemente o recente assassinato do cão Lobo, que foi brutalmente arrastado por um veículo dirigido por seu dono e não resistiu aos ferimentos e ontem faleceu; e exigir mudança nas leis atuais para que tenhamos punições mais SEVERAS, mais justas, nos casos abaixo de: maus-tratos aos animais, abandono aos animais e mortes com ou sem dolo dos donos.”, diz o texto da petição.
Entenda o caso
No último dia 2 de novembro, o cão Lobo, da raça Rottweiller, foi arrastado por pelo menos um quilômetros nas ruas da cidade de Piracicaba-SP amarrado por uma corda no carro de seu dono, o mecânico Cláudio César Messias, que, segundo testemunhas, estava visivelmente embriagado e fugiu do local.
O animal passou 15 dias em tratamento intensivo por parte da ONG Vira Lata, Vira Vida e um grupo de veterinários. Mesmo depois de um tratamento intenso e depois de ter a pata dianteira direita amputada, o animal não resistiu a "complicações no seu quadro clínico" e faleceu no dia 16 de novembro.
O tutor do animal foi identificado por testemunhas e indiciado pela Polícia Civil de Piracicaba. Ele alegou ter arrastado o cachorro por acidente, mas duas testemunhas contaram à polícia que Messias disse que queria matá-lo. Foram eles que gritaram para que o mecânico parasse o veículo enquanto arrastava o cão.
A Prefeitura da cidade comunicou que iria multar o acusado com a pena máxima aplicada à esse crime: R$ 1.500. Além da multa da prefeitura, Messias também deve ser multado pela Polícia Ambiental por maus-tratos, baseada na lei federal número 9.605/98 de crime ambiental, que prevê multa de R$ 1.500. O mecânico, no entanto, pode recorrer.
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