25 de setembro de 2012

Candidato a vereador, Bethove faz 'au au' mas não é cachorro não


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Camelôs e comerciantes são cabos eleitorais fiéis de Bethove, que, além de latir no guia, é vendedor ambulante e promete um Hospital Veterinário Municipal e uma creche para os cães
Foto: Jéfte Amorim

Jéfte AmorimDo NE10
Qualquer um que o tenha visto na TV, durante a propaganda eleitoral gratuita, não esquece do seu "au au" de despedida. Mas o vendedor ambulante Bethove mostra que tem muito mais experiência guardada nos bigodes do que o seu latido deixa escapar. Disputando uma vaga na Câmara Municipal do Recife pelo PTC, ele tem a construção de um hospital veterinário municipal como sua principal bandeira.
Defensor dos animais, Bethove faz questão de esclarecer que a candidatura é um sonho antigo. "Eu sempre quis poder ajudar o povo como político. Desde os 22 anos, eu tenho esse sonho", destaca. Hoje, aos 62, afirma que chegou o seu momento. "Foi a minha chance. Dr. Antônio, vice-presidente regional do PTC, me chamou pra ser candidato. Aí eu aceitei", conta.

Mesmo com poucos recursos, Bethove aposta na conquista da vaga no Legislativo Municipal
Apesar da militância em defesa dos animais, Bethove esclarece que o nome não tem relação com o cão popularizado pelo cinema. "O apelido foi Mário Prazeres que botou, quando eu era vendedor de calcinhas. Era o nome do pai dele e, como ele não conseguia falar o meu, chamava assim", lembra ele, que foi batizado como Bertholdo Gonçalves de Oliveira. Entretanto, é o cão da raça São Bernardo o principal ícone de suas peças de campanha.
Dono do box de número 64 no camelódromo da Dantas Barreto, uma das mais importantes avenidas do Centro da cidade, Bethove é popular entre os camelôs. Com adesivos espalhados por todo o corredor onde trabalha, ele afirma que sente o apoio dos eleitores do local. "Aqui todo mundo é Bethove", garante.
Disputando o seu primeiro pleito, ele confessa que o mais difícil é o financiamento da campanha. "Só quem é rico é que pode pagar muita coisa. É por isso que eles ganham. A minha propaganda sou em quem faço", desabafa. No entanto se gaba de o seu slogan ter pegado. "Já tem candidato com raiva de mim porque meu slogan pegou. Aonde eu vou, tem gente dizendo: Vou votar no cachorro!", afirma.
E ele não desanima. Enquanto faz campanha nos bairros do Recife, a sobrinha toma conta do box onde vende desde canetas a aparelhos eletrônicos. "Ela é quem me ajuda. Fica aqui de manhã e, quando eu chego, de uma hora da tarde, ela vai embora com o trocadinho que ela apurou", diz. Nesse esquema, o trabalhador e sonhador persistente garante já ter visitado mais de 42 pontos da capital pernambucana.
Na corrida pelo que atesta ser o seu grande sonho - a legislatura municipal -, ele se diz emocionado quando fala em animais. Revelando que desde criança não gostava de ver os cavalos sendo chicoteadas, o homem pacato, de voz grave e grandes bigodes deixa até marejar os olhos enquanto repete o seu compromisso: "Eu vou ajudar os camelôs também, mas a primeira coisa que eu vou fazer é criar um hospital público de animais. E depois vou brigar por uma creche. Não tem pra criança, quando os pais não podem ficar?! Por que não pode ter pra bicho?", questiona.

20 de setembro de 2012

Recife realiza panfletagem no dia mundial contra a exploração dos animais


Ativistas se reunirão este sábado (22) na Av. Boa Viagem, na altura da Rua Tomé Gibson. Haverá ainda palestras sobre o tema


Várias cidades do mundo comemoram, no sábado (22), o Dia Mundial pelo Fim da Crueldade e da Exploração Contra os Animais. No Recife, a data será celebrada pela segunda vez na Avenida Boa Viagem, na altura da Rua Tomé Gibson. Quem coordena a ação, na capital, é a Sociedade Vegetariana Brasileira Mandacaru (SVB/PE) e o Grupo de ativistas de defesa dos Direitos dos Animais (Ativeg). O apoio é da organização internacional Worldwide Events to End Animal Cruelty (Weeac).
O calçadão de Boa Viagem será ocupado, das 15h30 às 18h, por grupos que defendem o fim de qualquer tipo de exploração animal. “Apoiamos, em todos os aspectos, o fim do uso de animais. Da alimentação à moda, da experimentação farmacêutica à criação para o abate”, explica o coordenador da Weeac no Recife, Marcelo Zenaide.
Na programação, haverá panfletagens pedagógicas sobre o tema. A partir das 17h, os manifestantes apresentam palestras sobre vegetarianismo e veganismo, exploração animal no mundo, cultura de paz e guarda responsável de animais.
Por último, será realizada uma ação de guerrilha, em que, de forma lúdica, alguns participantes serão enjaulados. O objetivo é chamar a atenção acerca do tratamento dos animais, que são criados em pequenos compartimentos para o abate final.
São esperadas a participação de diversas organizações voltadas para a guarda de animais abandonados, como a Adote um Vira-Lata, o Movimento de Defesa Animal (MDA), a Brala e a Solidariedade à Vida Animal (Sava).
Além do Recife, Campinas,  Brasília, Campo Grande, Curitiba, Barbacena, Fortaleza e  Rio de Janeiro realizam evento para marcar Dia Mundial pelo Fim da Crueldade e da Exploração Contra os Animais. Internacionalmente, a causa é lembrada simultaneamente em Melbourne (Austrália), Viena (Áustria), Berlim (Alemanha), Lima (Peru), Lisboa (Portugal) e Bucareste (Romênia). 

18 de setembro de 2012

Ter um animal de estimação traz alegria, qualidade de vida e saúde


  • Para os humanos, a relação com seus animais de estimação é como um resgate da natureza
    Para os humanos, a relação com seus animais de estimação é como um resgate da natureza
Um casamento pode se desfazer em pouco tempo. Já a relação entre um humano e seu bicho de estimação, quase sempre, cumpre o “até que a morte os separe”.  É assim há pelo menos 10 mil anos, desde que o homem domesticou cão e gato.  Aos poucos, tornaram-se companheiros inseparáveis e essa relação foi evoluindo ao longo do tempo.

Filmes como “Marley e Eu” e “Para sempre ao seu lado”, que mostram o relacionamento entre os humanos e seus animais de estimação, não só foram sucesso de bilheteria como levaram plateias às lágrimas.

Hoje, pesquisas e estudos em todo o mundo demonstram que a convivência com os animais traz tranquilidade e bem-estar às pessoas.  Alexandre Rossi, especialista em comportamento animal e atualmente com o programa “Missão Pet” no canal a cabo Nat Geo, vivencia de perto essa interação benéfica.

“Quando levamos cães em locais com pessoas doentes, em especial crianças, e  idosos, constatamos a alegria que trazem. A relação é muito diferente se há apenas humanos nas visitas”, relata Rossi.

O zootecnista lembra-se, em especial, de um golden retriever. “Era muito interessante, porque ele sempre dava carinho e atenção à criança que mais parecia triste. Ficava do lado e, aos poucos, ela começava a brincar.”
Uma extensão de si mesmo
  • Detento convive com gato em penitenciária dos Estados Unidos; segundo pesquisas, os felinos ajudam a trazer o lado sensível destes homens
Rossi explica que, ao contrário dos visitantes que se comovem com as histórias e muitas vezes não conseguem dar força às crianças e velhinhos, os cães trazem leveza ao ambiente.  “Eles brincam, fazem algo engraçado e proporcionam momentos de muita descontração.”

Para quem perdeu a capacidade de se locomover, por acidente ou até mesmo pela idade avançada, estar perto de um animal é se realizar através dele. “Quando essa pessoa vê um cachorro brincando e correndo como louco, é como se fosse uma extensão dele”, analisa Rossi.

Além disso, para quem quer emagrecer, ter um cão é uma excelente pedida. Isso porque é necessário fazer passeios diários, assim, sem perceber, a pessoa está se exercitando. Sem contar que, no caminho, vai fazendo amizades e conhecendo gente nova.
Relacionamento saudável
 

VOCÊ É GATEIRO OU CACHORREIRO?

  • Você já parou para pensar por que gosta mais de cachorro ou gato? Por que se identifica mais com Garfield ou Odie?
    Segundo o professor Carlos C. Alberts, a diferença de comportamento dos dois animais pode explicar essa preferência. “O cachorro vê o ser humano como um líder. Em uma matilha, todos os cães querem agradar o líder, o veneram e são condicionados a ele”, comenta. Geralmente, uma pessoa que não se incomode com essa relação de dependência, se dará melhor com um cão.
    Um gato visualiza o dono mais como uma mãe ou irmão mais velho. “Sua célula social é a família. Ele é amoroso, mas faz o que quer, tem certa independência”, explica o professor. Nesse caso, alguém que tenha as mesmas características escolherá um felino.
Que conviver com animais desde cedo faz bem à saúde, proporcionando o aparecimento de anticorpos e, deste modo, evitando futuras alergias, já está comprovado cientificamente.

Agora, estudos já demonstraram que o contato com os animais aumenta a produção de endorfina no organismo, o hormônio que causa prazer e sensação de bem-estar. Além disso, o convívio com um cão ou gato diminui a pressão sanguínea, os níveis de colesterol e do estresse e também reduz o risco de problemas cardiovasculares.

Nos Estados Unidos, cachorros e gatos têm sido usados em prisões como forma de melhorar o clima interno. Em uma penitenciária feminina de Bedford Hills, as detentas ajudam a adestrar filhotes de labradores e golden retrievers. Após um ano, eles são doados a pessoas com deficiência físicas ou com estresse pós-traumático, como ex-veteranos de guerra.

Em prisões de vários Estados, graças a parcerias com abrigos de animais, gatos que estavam prestes a serem sacrificados são enviados para que os prisioneiros cuidem deles. Muitos destes, no corredor da morte. Para as autoridades locais, os gatos trazem o lado sensível daqueles homens, como se fossem crianças. Além disso, a presença dos felinos alivia a raiva e tira o estresse e a agressividade destes condenados.  

CUIDE BEM DE SEU PET

Alexandre Rossi dá dicas de como ter uma relação equilibrada com seu bichinho:
Não mime seu cão ou gato. Isso não é saudável nem para o animal, nem para você. Contrariado, ele pode ter atitudes agressivas
Não facilite a vida de seu pet. Ele precisa preservar os instintos. Faço-o farejar o que quer, use brinquedos que soltem a ração aos poucos
Caminhe, brinque com bolinha, faça com que ele se exercite. Isso é fundamental para a saúde dos animais
Se você tem um cão, leve-o para passear, assim ele mantém contato com outros de sua raça
Lembrem-se de que os animais, assim como os humanos, gostam de atenção e carinho
Resgate da natureza

Segundo a Abinpet  (Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação),  até o fim do ano, teremos 37,1 milhões de cachorros e 21,4 milhões de gatos espalhados pelo país.  É só andar pelas ruas ou visitar casas e apartamentos para confirmar esses números.

Essa grande quantidade de pets na vida das pessoas talvez seja a busca de algo que se perdeu com a vida corrida e estressante.  “Hoje, vivemos em um mundo com aspecto artificial, rodeado de tecnologia e praticamente sem natureza por perto. A relação com os animais é uma forma de resgatar esse contato. É a ligação do ser humano com algo mais natural”, explica Carlos C. Alberts, professor de zoologia da UNESP no campus de Assis.

Muitas vezes as pessoas estão cansadas de interagir umas com as outras e elegem os animais para ter uma relação mais estável e até prazerosa. “Os animais têm um comportamento automático. Quando percebem que outro é mais forte, eles se submetem. Aí não há conflito e a relação torna-se mais fácil”, comenta o professor Alberts.

E não deixa de ser muito prazeroso chegar em casa e ser recebido com lambidas e pulos dos cães ou daquele entrelace dançante entre as pernas que só os gatos sabem fazer.

CÃO DE MORADOR DE RUA LEVA FACADA PARA DEFENDER O DONO DE LADRÃO

  • Pessoas que circulam pelo bairro da Saúde, em São Paulo, se comovem com a relação de Sebastião Palermo e seus cães, Fred (à direita) e Diana. Morador de rua há 20 anos, Sebastião considera os animais como sua família.
    O sentimento de fidelidade e amor pode ser traduzido pela atitude de Fred, que levou uma facada só para defender o dono de um ladrão. “Estava dormindo em frente a uma loja e um homem veio me roubar. O Fred percebeu, foi em cima dele e acabou levando a facada”, relembra.
    O cachorro foi ajudado por moradores do local e, após passar por cirurgia, está bem. Sebastião cuida dele desde quando era filhotinho. “O Fred é filho da Diana. Eles são fundamentais na minha vida. Não sei o que seria de mim sem os dois”
Percepção que ajuda e salva

Além de proporcionar bem-estar psicológico, os animais também podem ajudar os seres humanos de formas surpreendentes. Pesquisas comprovaram que cães ajudam a detectar cânceres precoces. Por seu olfato apurado, os cachorros descobrem a doença pelo cheiro alterado das pessoas que apenas eles conseguem sentir.

Mas os felinos não ficam atrás. O professor Alberts relata a história de um homem de 60 anos que descobriu estar com um tumor graças a seu gato. De uma hora para a outra, o animal começou a colocar a patinha próxima ao peito do dono e a miar sem parar. Fez isso várias vezes, sempre no mesmo lugar.  “A pessoa ficou cismada, procurou um médico e recebeu o diagnóstico de um tumor que começava a se formar.”

Já especialistas do Centro de Pesquisa do Hospital de Brest, na França, comprovaram que crianças autistas que passaram a ter um cão ou um gato, quando já tinham mais de cinco anos de idade, têm mais chance de apresentar melhora no relacionamento com outras pessoas se comparadas a outras que já nasceram em lares com a presença algum bicho ou que passaram a vida sem conviver com um.

Lorcan Dillon, um garoto inglês de sete anos, diagnosticado como portador de mutismo seletivo ainda aos três anos de idade, começou a se relacionar melhor com outras pessoas após ganhar uma gata. Sua mãe conta que ele costuma dizer à gata “Eu te amo, Jessy”, fora que a felina participa com ele de atividades e o ajuda a ter mais autoconfiança.

Também não é incomum vermos casos de animais que alertaram seus tutores em casos de incêndios e até em terremotos e tsunamis, como os do Japão. E, assim, conseguiram salvar suas vidas.
  • Letícia Cristina de Souza Teixeira, aos quatro anos, e sua gata Marie "Cristina" em sua casa, em São Bernardo do Campo (SP), em foto de setembro de 2009. A menina que nasceu com hidrocefalia e faz fisioterapia desde os 4 meses de idade passou a ser mais persistente no tratamento depois que ganhou o bichinho de estimação


15 de setembro de 2012

Parque de Exposições do Cordeiro recebe evento de adoção de animais


Segue até às 17h deste sábado (15) o 9º Evento de Adoção de Cães e Gatos do Parque de Exposições do Cordeiro, no Recife, organizado pelo projeto Adote um Vira-Lata (UFPE) em parceria com o Centro de Vigilância Ambiental/Recife (CVA).

No local, gatos e cães saudáveis, castrados ou com a cirurgia agendada, estarão esperando quem possa lhes adotar. Haverá uma veterinária de plantão no evento para orientar os adotantes sobre a manutenção da saúde dos bichinhos. Além disso, as voluntárias do Adote um Vira-Lata oferecem informações sobre adaptação, alimentação e rotina dos animais. 

Os interessados em adotar deverão ser maiores de 18 anos, apresentar cópia e original do comprovante de residência e documento com foto. Para cobrir os custos do evento com equipe veterinária e medicação, também será arrecadada uma colaboração espontânea de no mínimo R$ 20 por animal adotado.
Durante todo o evento haverá arrecadação de ração, medicamentos e produtos de limpeza para os animais carentes. Outras informações através do site www.adoteumvira-lata.blogspot.com ou pelos telefones (81) 8751-8445 ou (81) 9782-1176.

11 de setembro de 2012

Catroulette divulga gatos para adoção


No site há gatos disponíveis para adoção, se o usuário se interessar, pode clicar em “adotar” para ver a ficha do bichano e ter mais informações.

Divulgação
Site Catroulette
Se quiser ver outros perfis, basta seguir em frente
São Paulo - Já tem um tempinho que o Chatroulette está por aí e, apesar de nem sempre ser bem utilizado, ele também tem inspirado ações interessantes – minha favorita é a da Harley Davidson.

Uma das mais recentes é o Catroulette, ação que aFamous Brussels criou para divulgar uma ação de adoção de gatos patrocinada por 5 entidades – Kitten in Nood, Blauwe Kruis, Dierenasiel Sint-Truiden, Het Blauwe Kruis e Gaia.

Ao acessarmos o site, vemos vídeos de gatos disponíveis para adoção na Bélgica. Se o usuário ficar interessado em um dos felinos, pode clicar em “adotar” para ver a ficha do bichano e obter mais informações de como adotá-lo. Se quiser ver outros perfis, basta seguir em frente. É possível, ainda, saber quantas vezes os gatos foram rejeitados…
É uma ideia bacana e que merecia ter outras versões espalhadas pelo mundo e contemplando também outros animais de estimação.