18 de dezembro de 2012

Dentista leva cachorro ao consultório para acalmar crianças


Para muitas crianças (e gente bem crescidinha também), sentar na cadeira do dentista não é dos melhores momentos. Para ajudar os pequenos a aguentarem os momentos de motorzinhos e ferramentas odontológicas, o dentista norte-americano Paul Weiss trouxe de casa uma solução: Brooke, sua cachorra, que vai ao seu consultório todas as quintas-feiras.

A foto acima foi publicada no site de compartilhamento de imagens Reddit e se tornou um viral por lá. Depois, o portal de notícias MSN descobriu quem era o dentista que levava seu animal de estimação para deixar as crianças mais confortáveis.
Às quintas, todas as crianças que têm medo de dentista podem entrar na sala acompanhadas de Brooke. “A sensação de termos uma criança nervosa no consultório e transformá-la em alguém confortável é incrível”, disse o doutor Weiss ao Huffington Post.

A presença do animal não traz nenhum risco à saúde das crianças: em suas visitas, Brooke recebe umavental igual ao dos médicos e a sala é limpa constantemente.

17 de dezembro de 2012

Cães associam palavras a objetos de modo diferente que os humanos


Pesquisa mostra que os cachorros relacionam o nome de um objeto a seu tamanho e textura - e não ao formato, como fazem os seres humanos

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Os cachorros são capazes de aprender a associar uma palavra a um objeto. No entanto, o mecanismo pelo qual eles fazem isso é diferente do humano (Thinkstock)
Há tempos os cientistas sabem que os cachorros são capazes de associar uma palavra a um objeto. No entanto, quando um cachorro entende que o dono quer que ele pegue uma "bola" ou o um "osso", ele está longe de compreender o significado exato da palavra. Uma pesquisa publicada nesta quarta-feira na revista PLOS ONE mostra que esses animais associam as palavras aos objetos de modo diferente dos humanos, e não sabem exatamente o artefato a que ela está se referindo – mas sim o seu tamanho e textura.
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Word Generalization by a Dog (Canis familiaris): Is Shape Important?

Onde foi divulgada: revista PLOS ONE

Quem fez: Emile van der Zee, Helen Zulch, Daniel Mills

Instituição: Universidade de Lincoln, na Inglaterra

Dados de amostragem: Gable, uma Border Collie de cinco anos

Resultado: Logo após Gable aprender uma nova palavra, ela passou a associar o nome a uma série de objetos do mesmo tamanho – e não com o mesmo formato – que o original. Depois de 39 dias, no entanto, a cadela já estava mais acostumada com a palavra, e não a associava a  objetos de mesmo tamanho, mas sim à mesma textura que o original.
Estudos anteriores já haviam mostrado que os humanos com idade entre dois e três anos aprendem a associar novas palavras com o formato dos objetos. Uma criança que aprende o que é uma bola, por exemplo, vai associar à palavra uma série de objetos com o mesmo formato. Com os cachorros não é isso que acontece. 
No novo estudo, os pesquisadores treinaram Gable, uma Border Collie de cinco anos. Antes do experimento, seu "vocabulário" continha 54 expressões, referentes a objetos diferentes.
No estudo, eles ensinaram Gable o significado de uma nova palavra: Dax. Ela se referia a um brinquedo pequeno e felpudo em forma de U. Dez minutos depois, eles apresentarem à cadela uma série objetos que não eram o Dax, mas tinham ou o mesmo formato em diferentes tamanhos ou o mesmo tamanho em diferentes formatos. Todas as vezes em que Gable foi ordenada a buscar o objeto Dax, ela levou aos pesquisadores artefatos com o seu tamanho, e não o formato de U.
Sally Smith
Gable
Gable aprendeu a reconhecer 54 objetos diferentes
Em uma segunda fase do estudo, os pesquisadores deixaram a cadela conviver por 39 dias com o objeto Dax, para se familiarizar com ele, e repetiram o teste. Dessa vez, ela não escolheu objetos do mesmo tamanho e nem do mesmo formato, mas sim de texturas semelhantes.
"Enquanto o formato importa para os seres humanos, tamanho e textura importam mais para os cachorros", afirma Emile van der Zee, psicóloga da Universidade de Lincoln, na Inglaterra, uma das responsáveis pelo estudo. Os cientistas suspeitam que isso acontece por causa das diferenças na forma como a evolução moldou o modo como cachorros e homens percebem o mundo.

14 de dezembro de 2012

Cães no trabalho diminuem stress de funcionários


Pesquisa conclui que pessoas que levam seus animais ao ambiente profissional são menos estressadas e mais satisfeitas e comprometidas com o emprego


A pesquisa foi realizada com 550 funcionários de uma empresa americana, aonde são levados diariamente entre 20 e 30 cachorros
A pesquisa foi realizada com 550 funcionários de uma empresa americana, aonde são levados diariamente entre 20 e 30 cachorros (Thinkstock)
Pesquisadores da Universidade Virginia Commonwealth, nos Estados Unidos, concluíram que cães no ambiente de trabalho podem reduzir o stress e fazer com que o emprego seja mais satisfatório aos funcionários. Segundo o estudo, publicado no periódico International Journal of Workplace Health Management, o stress é um fator que contribui para a ociosidade, o moral baixo e o cansaço dos funcionários, resultando em uma significativa perda de produtividade.
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Preliminary investigation of employee's dog presence on stress and organizational perceptions

Onde foi divulgada: revista International Journal of Workplace Health Management

Quem fez: Randolph T. Barker, Janet S. Knisely, Sandra B. Barker, Rachel K. Cobb, Christine M. Schubert

Instituição: Universidade Virginia Commonwealth, Estados Unidos

Dados de amostragem: 550 funcionários de uma empresa americana

Resultado: Pessoas que levam seus cães ao trabalho são menos estressadas, mais satisfeitas e mais comprometidas com o emprego
A pesquisa foi realizada na empresa Replacements, Ltd., localizada na cidade de Greensboro, na Carolina do Norte, que emprega cerca de 550 pessoas. Entre 20 e 30 cachorros convivem nas instalações da firma todos os dias. Durante uma semana, os cientistas compararam os empregados que levavam seus cães pra trabalhar, os que não levavam e os que não possuíam animais de estimação em casa. Todos os indivíduos responderam, ao longo do dia, a vários questionários que avaliavam o stress, satisfação com o emprego, comprometimento organizacional e apoio.

"Apesar de preliminar, este estudo é o primeiro quantitativo sobre como cães que convivem no ambiente profissional podem causar efeitos no stress, satisfação e compromisso dos funcionários", diz Randolph T. Barker, líder da pesquisa. "A diferença no stress observado nos dias em que o cachorro estava presente no local de trabalho e nos dias em que ele estava ausente foi significativa. Eles ficavam muito mais satisfeitos ao lado dos cães", conta.

Além de questionários solicitados aos participantes da pesquisa, os especialistas coletaram ainda amostras de suas salivas, todos os dias pela manhã. Medições nessas amostras, no entanto, não mostraram diferenças no nível de hormônio do stress dos três grupos de funcionários. No decorrer do dia de trabalho, porém, o stress que os empregados relataram ao responder as perguntas foi menor entre os que haviam levado seus cães e aumentou para os que não levaram e para os que não possuíam animais de estimação.

A equipe observou que os funcionários se mostraram muito mais estressados nos dias em que deixaram seus cães em casa do que nos dias em que os levaram. De acordo com Barker, há uma comunicação relacionada aos cachorros no local de trabalho que pode contribuir para o desempenho e satisfação dos empregados. Por exemplo, aqueles sem animais de estimação foram vistos pedindo pra passar um tempo com o cão do colega durante intervalos no trabalho.

"A presença do animal de estimação é uma intervenção de baixo custo e que causa bem estar, sendo facilmente disponível para muitas organizações que queiram aumentar a satisfação de seus funcionários. Claro que é importante a adoção de políticas que garantam que os animais sejam amigáveis, limpos e bem comportados, já que estarão presentes em ambientes profissionais", explica Barker. O pesquisador acrescenta que pesquisas de maior amostragem dentro de um ambiente organizacional podem ajudar a confirmar os resultados desse estudo inicial.

12 de dezembro de 2012

Cães conseguem detectar câncer de pulmão com o olfato


Descoberta pode levar ao desenvolvimento de um "nariz eletrônico", que ajudaria no diagnóstico precoce da doença

Câncer de pulmão: pelo olfato, cães conseguiram identificar com 70% de exatidão pacientes com a doença
Os cães têm uma grande capacidade para detectar o câncer de pulmão pelo cheiro do hálito da pessoa doente. De acordo com a descoberta austríaca, o olfato apurado dos cachorros pode levar ao desenvolvimento de um "nariz eletrônico". A ferramenta ajudaria no diagnóstico precoce da doença, possivelmente estendendo a sobrevivência dos pacientes.
"Os cachorros não têm qualquer problema para identificar pacientes com tumores cancerígenos", diz Peter Errhalt, chefe do departamento de pneumologia do hospital de Krems (nordeste da Áustria) e um dos autores da descoberta. Os cães do estudo sentiram o cheiro de 120 amostras de hálito de pessoas doentes e saudáveis, e conseguiram identificar em 70% dos casos as que sofriam com câncer de pulmão.
Segundo Errhalt, o resultado se mostrou tão promissor que foi previsto um novo estudo de dois anos de duração, com amostras de 1.200 pessoas. O estudo austríaco coincide com outros testes realizados nos Estados Unidos e na Alemanha.
"O objetivo é determinar quais são exatamente os odores que os cachorros são capazes de detectar", diz Michael Muller, do hospital Otto Wagner de Viena, que colaborou com o estudo. Se esse objetivo for alcançado, os cientistas poderão construir uma espécie de "nariz eletrônico" para diagnosticar o quanto antes o câncer de pulmão e aumentar, assim, as possibilidades de sobrevivência dos pacientes.
(Com agência France-Presse)

30 de novembro de 2012

Sábado é dia de vacinar cães e gatos contra a raiva


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Do NE10
A Secretaria Estadual de Saúde (SES) promove neste sábado (1º) a Campanha Nacional de Vacinação Contra Raiva Canina e Felina. A expectativa é de que 875.450 cães e 376 mil gatos sejam vacinados. Em todo o Estado serão 7.350 postos de vacinação recebendo animais a partir dos três meses de vida.

O último caso de raiva humana em Pernambuco foi registrado em 2008, no município de Floresta, no Sertão pernambucano. A transmissão foi por um morcego. Já a raiva canina ou felina vem decrescendo no Estado. Em 2010, foram quatro casos (caninas), em 2011 foram dois registros (caninas) e, em 2012, dois casos (caninas). O último caso de raiva canina em humanos foi em 2006.

RAIVA - Trata-se de uma doença viral e infecciosa, transmitida por mamíferos. A enfermidade é 100% letal, transmissível de animal para animal e de animal para o homem, por meio da saliva. A passagem do vírus se dá no momento da mordida, arranhão e lambedura de qualquer mamífero infectado.

RECOMENDAÇÕES MÉDICAS –
 Ao ser agredida por um animal, a pessoa deve lavar imediatamente o ferimento com água e sabão, e procurar com urgência o posto de saúde mais próximo. Cães raivosos apresentam sintomas como: agressividade ou tristeza, salivação excessiva, dificuldade para engolir, latido rouco e paralisia das patas traseiras. O soro e a vacina contra a raiva são disponibilizados na rede do SUS, gratuitamente.

29 de novembro de 2012

Cuidados redobrados para enfrentar o calor

Tosa, controlar os horários de passeio e oferecer água em abudância são alguns dos cuidados
O verão ainda nem começou e a temperatura no Recife já é alvo de muita reclamação. Os cuidados que as pessoas devem tomar durante a estação mais quente são conhecidos, mas nem sempre donos de animais entendem que o calor requer atenção especial para seus pets também. Para evitar problemas graves, os tutores devem observar com cautela as reações de seus cães sob o sol.

Roseana Diniz, professora da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), especialista em comportamento animal, explica os motivos dos cuidados redobrados. “Os cães não transpiram por poros, como nós. Para refrescar o corpo, eles respiram pela boca e, por isso, nessa época ficam sempre de boca aberta, ofegantes”, explica. A transpiração também ocorre pelas patas e focinho, mas em menor escala. “Por essa razão, quando a temperatura sobe demais, é fácil que o animal entre num choque térmico”.

Para evitar o quadro, é preciso tomar medidas de cautela. “A tosa dos pelos é recomendada, especialmente se os cães possuírem pelos longos ou densos. É preciso também ter sempre água fresca disponível”. Mesmo se o dono do cãozinho não quiser adotar um corte mais radical, deve-se, ao menos, adotar uma 'tosa verão', que ameniza os efeitos da época. “Principalmente em cães originários de países frios, como Pastor Alemão, Husky ou Akita. Eles têm mais dificuldade de adaptação”, comenta.

Brunna Lyra, jornalista, é dona de Sun, uma Shitzu de 5 anos, que costuma ter o pelo tosado durante o verão. “Por causa do pelo grosso e cheio que a raça possui, tosamos ela sempre, pensando em cuidar melhor da pele e buscando amenizar o calor”, explica Brunna. “Ela também tem uma doença de pele chamada demodécica, e se não cuidarmos bem dos pelos e pele, ela desenvolve uma espécie de fungo não transmissível. No verão os cuidados são redobrados”. Ela conta que, durante o inverno, a tosa acontece a cada dois meses ou mais, enquanto na época de calor, passa a ser mensal.

A professora Roseana Diniz acrescenta que o horário de passeio dos animais é um dos fatores mais importantes para poupá-los do mal-estar causado pelo calor. “Deve-se passear com cães do início da manhã até, no máximo, 9h30, 10h, quando a temperatura começa a aumentar”. Precauções adicionais podem ser tomadas, como o uso de 'sapatinhos' para as patas do cães e cuidado com o horário da alimentação. “Não se deve concentrar tudo que o cachorro come num horário só. É preciso distribuir a quantidade durante o dia, para não sobrecarregar o processo digestivo do animal. Não é pra aumentar a quantidade de comida, apenas dividi-la melhor”, afirma Roseane.

A especialista conta que presencia com muita frequência tutores de cães os colocando em situações de risco. “Já vi cachorro desmaiando por causa do horário em que ele estava se exercitando. Tem que prestar atenção aos sintomas que os cães apresentam, como fatiga intensa, respiração muito ofegante, resistência pra continuar os exercícios”, explica.

Cães que insistem em buscar espaços com sombra também podem estar sentindo os efeitos do calor. “Caso a situação se agrave e o cão venha a entrar em colapso, é preciso tirá-lo imediatamente do calor, levando a um lugar com uma temperatura mais amena, como um chão frio, sombra. Uma sala com ar-condicionado ou ventilação. É recomendado também umedecer a pelagem”, aconselha. A ajuda veterinária é necessária, pois, se não tratado, o pet pode chegar ao óbito.

28 de novembro de 2012

Saiba o que fazer para minimizar efeitos da queda de pelos

Uma das coisas que pode incomodar os donos de animais de estimação são os pelos que se espalham pela casa. É normal que gatos e cachorros, ao menos duas vezes por ano, passem pelo período de troca da penugem, mas exatamente neste momento é que são necessários alguns cuidados importantes com o pet e com a higiene do ambiente. Produtos de limpeza vendidos em lojas especializadas podem auxiliar.

Para evitar transtorno neste período, quem tem um bichinho em casa pode encontrar em alguns pet shops produtos próprios para evitar alergia nos animais, e que auxiliam a retirada dos pelos nos móveis. Além dos desinfetantes naturais, rolinho adesivo e esponjas auxiliam na limpeza.

A psicóloga Juliana Falcão, 29 anos, é dona de dois persas, Alice, de 4 anos, e Guizmo, de 5. Ela cuida frequentemente dos dois e da limpeza do lar. "Quem tem persa geralmente tem muito pelo espalhado na casa. Eu uso o rolo adesivo que limpa bem sofá, cama e até roupas. Procuro levá-los para dar banho a cada três semana ou um mês. Em termos de pelos, essa raça é a que dá mais trabalho, mas vale a pena".

Mesmo sendo uma natural, a queda de pelos pode ser acelerada por fatores como estresse ou alergia. “Quando o cão e o gato estão no período de troca de pelo, outros nascem no lugar dos que morrem, de maneira uniforme. Quando nenhum cresce e a pele começa a aparecer, é sinal de que a causa é doença ou alergia”, explica a veterinária da clínica e pet shop Petit Pet, Adriana Leão.

A empresária Lúcia Lira Pereira, 55 anos, percebeu que Akira, um labrador de nove anos, estava se coçando com muita frequência até que a pele da cachorrinha começoou a ficar aparente. “A queda de pelo era muito grande. Aí percebi que não era uma coisa normal e procurei um veterinário”, conta. Depois de alguns exames, foi diagnosticado problema na tireoide. “Ela agora está bem melhor. Toma remédios e usa xampu natural. Para limpar a casa agora uso produtos neutros.”

Além dos cuidados como escovação e banho, a alimentação correta e de qualidade também ajuda a prevenir doenças e deixa a penugem mais forte e saudável. A psicóloga Mírian Leão, 30 anos, percebeu que a mudança na ração de seu gato persa Sean Lennon, de um ano e três meses, diminuiu a queda e a formação de nós nos pelos. “Percebo que com vários tipos de ração a queda é maior, aí comprei uma ração própria para a raça dele e notei logo a mudança. O pelo está mais brilhoso, cai menos e cria bem menos nós”. Além desses cuidados, Mírian procura fazer hidratação periódica em Sean.

O professor do Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal (DMFA) da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Marcelo Teixeira, alerta que o uso de tintura pode ocasionar o enfraquecimento e a queda de pelos. “As pessoas devem evitar pintar os cachorros e o excesso de banho, que podem tornar o pelo mais frágil”.

27 de novembro de 2012

Animais entediados: saiba como identificar e tratar



Cheetos, um shitsu de dois anos e meio, começou a praticar o agility e ficou menos agitado e bem mais dócil. Foto: Acervo Pessoal/DivulgaçãoAgressividade, latido em excesso, apego exagerado ao dono, destruição de objetos e automutilação são alguns dos sintomas dos animais entediados. Se o seu pet não apresentava estes sinais e passou a ser assim, a mudança de comportamento pode ser sinal de ócio. Confira o que é necessário fazer ao perceber distúrbios no comportamento no seu pet.

A ociosidade, principal causa do tédio, deve ser evitada. Quando entediado, tanto o gato como o cachorro acabam liberando seu estresse nos objetos ou nas pessoas. "O animal pode se tornar agressivo com o próprio dono ou outros bichos. É preciso mudança na rotina e no ambiente além de tratamento medicamentoso", explica a veterinária e professora da Universidade Federal Rural de Pernambuco, Roseana Diniz.

O advogado João Marcelo Guerra, 30 anos, percebeu que quando seu cão Cheetos, um shitsu de dois anos e meio, começou a praticar o agility no parque canino Woods Nook, ficou menos agitado e bem mais dócil. "Quem tem cachorro em casa é obrigado a deixá-lo muito sozinho e parado. Quando começou a competir, além de ficar menos ocioso, a saúde e a socialização com outros cães melhoraram bastante", afirma. Além das competições aos sábados o cãozinho caminha com o dono duas vezes por dia.

O tédio pode ser tratado também com a ajuda de remédios, mas é essencial a mudança na rotina do animal. "Não existe tratamento com medicamentos sem a mudança no ambiente", informa Roseana. A veterinária alerta ainda sobre o acompanhamento de um especialista para o reconhecimento e tratamento corretos. "Podem ser usados tratamentos à base de florais, fitoterapia, aromaterapia e também acupuntura, mas o uso de brinquedo que use o raciocínio também é importante", explica.

Animais que vivem dentro de casa têm mais chances de ficar entediados, pois costumam se movimentar menos. Caminhadas e brincadeiras podem evitar uma rotina ociosa que cause tédio e traz benefícios à saúde. A socialização com outros animais da mesma espécie também é importante para o pet manter uma rotina saudável e dinâmica.

2 de novembro de 2012

Camisetas com estampas de animais em 3D fazem sucesso na internet


Se você é amante dos animais, saiba que agora pode literalmente vestir a camisa deles.
Uma fabricante norte-americana tem chamado a atenção na internet com peças que trazem os rostinhos de pássaros, anfíbios e mamíferos em estampas ultrarrealistas.
Os cachorros, também conhecidos como os melhores amigos dos homens, são as que mais fazem sucesso.
As ilustrações são combinadas com a cor da malha da camiseta, dando a impressão de tridimensionalidade.
A marca, que se chama The Mountain, tem ainda uma página no Facebook na qual os compradores postam fotos usando as peças.
ountain, tem ainda uma página no Facebook na qual os compradores postam fotos usando as peças.
Abaixo a foto com labrador preto.

Animais estampam camisetas em 3D

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Divulgação/The Mountain
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29 de outubro de 2012

Labrador da PM é ameaçado de morte pelo tráfico no Rio


Cachorro localizou 400 kg de maconha em Manguinhos e é o maior tormento para bandidos. Em radiotransmissores, criminosos pedem para mirar 'no marronzinho'


Maíra Coelho / Agência O Dia
Boy está na mira de traficantes: "Mirem no marronzinho", gritaram criminosos
Boy, um labrador de sete anos do Batalhão de Ações com Cães da Polícia Militar, tornou-se o maior tormento do tráfico do Rio. Ameaçado de morte por bandidos, que durante operações nas favelas, segundo os policiais, ordenam pelos radiotransmissores que comparsas atirem no animal, o "capitão Nascimento" de quatro patas deu o troco nos criminosos.
Neste domingo, com a ajuda da companheira Tati, da mesma raça e um ano mais nova, os PMs apreenderam quase 400 kg de maconha numa casa abandonada no Complexo de Manguinhos, na Zona Norte. 
“Boy é um dos melhores animais que temos. Um dos recordistas em descobrir armas e drogas. Ultimamente, temos captado pelos radiotransmissores, durante operações em favelas, ameaças de bandidos contra ele. Dizem: ‘Mirem (as armas) no marronzinho (em alusão à cor do labrador). Tem que pegar o marronzinho!’. Todo cuidado com o nosso focinho de ouro é pouco”, afirmou o tenente Daniel Puga, que comandou a operação com 16 policiais armados de fuzis em Manguinhos, ontem.
A droga, dividida em 190 tabletes prensados, foi encontrada, junto com 436 projéteis de calibre 762 e 230 de calibre ponto 30, além de 23 carregadores de fuzil 762, escondida atrás de parede falsa, dentro de casa no número 17 da Rua Jacinto, a menos de 100 metros da base do Batalhão de Choque da PM. “Esse material jamais seria descoberto se não fosse o olfato extremamente apurado de cães bem treinados, como Boy”, disse Puga.
Mais 92 cães no próximo ano
A PM tem, literalmente, soltado os cachorros contra os criminosos. Conforme O DIA mostrou no dia 17, o Batalhão de Ações com Cães foi vencedor da premiação de metas da Secretaria de Segurança Pública, mês passado, pelo emprego de técnicas inovadoras na busca de drogas.
Rerpodução
Além da maconha, munição e carregadores de fuzil foram recolhidos

O sucesso dos "bisbilhoteiros oficiais" da corporação é tanta que uma licitação será aberta para a compra de mais 92 cães farejadores. Eles vão se juntar aos 69 que hoje integram o batalhão. O tenente Daniel Puga ressalta porque os policiais têm uma carinho especial pelos cães da unidade.
“São os únicos do país capazes de farejar armas e drogas em áreas de combate, inclusive, durante tiroteios”, explica. No final das operações, a merecida recompensa: uma bola de tênis para brincar.
*reportagem de Francisco Edson Alves

27 de outubro de 2012

Jaboatão realiza primeira Cãominhada neste domingo


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Ação visa despertar a atenção dos moradores para a defesa das causas animais
Foto: Divulgação

Do NE10
Com o objetivo de despertar a atenção dos moradores para a defesa das causas animais, a Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes e entidades de proteção aos bichos realizam, neste domingo (28), a 1ª Cãominhada, a partir das 14h. A concentração será na Igrejinha de Piedade e segue, às 15h30, até o Hospital da Aeronáutica

Durante o ato, haverá distribuição de panfletos educativos sobre os direitos dos animais e adoção. Além disso, haverá a coleta de assinaturas para a implantação do Pacto pela Vida Animal.

19 de outubro de 2012

Menino de dez anos sobrevive em floresta abraçado a filhotes


Um garoto com Síndrome de Down que se perdeu em um bosque sobreviveu graças ao calor de filhotes de cachorro, nos EUA.
Kyle Camp, de 10 anos, desapareceu por volta das 4h30 de terça-feira e ficou 18 horas desaparecido.
Seus pais chegaram a procurá-lo por duas horas antes de chamar a polícia. De acordo com o "WBRC News", além de um helicóptero, mais de 150 voluntários também se juntaram à busca.
Quando o garoto foi encontrado, às 9h30 de quarta-feira, ele estava aconchegado a quatro cachorrinhos. Dois voluntários seguiram o cachorro da família por um riacho.
"Eu ouvi o cachorro latindo de novo e o segui até lá e ele começo a latir para os filhotes e eu gritei também e ele [o garoto] gritou de volta. Ele estava no riacho a cerca de 800 metros", um dos voluntários, Jamie Swinney, disse a "WBRC".
Reprodução/Msnbc
O garoto Kyle e os filhotes que o salvaram
O garoto Kyle e os filhotes que o salvaram
Policiais disseram que Camp estava molhado e sem sapatos. Eles acreditam que os filhotes aqueceram o garoto durante a noite.
O site "Examiner" afirma que o motivo do garoto sair de casa foi porque ele decidiu seguir os filhotes pelo bosque.
Camp só sofreu ferimentos leves e passa bem.

11 de outubro de 2012

A História de Sofia – Filme da Panvel

A História de Sofia

A História de Sofia – Filme da Panvel

Após o sucesso de "A História de Lilinho", a Panvel apresenta seu segundo vídeo "A História de Sofia", uma cachorrinha vira-lata, chamada Sofia, adotada por um casal para fazer companhia à outra cadelinha chamada Brigite. Porém com a chegada do primeiro bebê na família, a atenção direcionada a elas acaba se tornando escassa. A duração do vídeo é de quatro ou três minutos, uma produção feita em parceria com a Mínima e realizada em Porto Alegre (RS). Uma história linda e emocionante, assista o vídeo!

"A História de Sofia". O filme lançado em outubro de 2012, resgata os laços de amizade, amor e carinho que todos nós temos com quem amamos. Baseado na crônica de José Pedro Goulart, publicada no livro "A voz que se dane", Editora L&PM.

9 de outubro de 2012

Hospital do Recife vai utilizar cães para auxiliar no tratamento de pacientes

Do NE10
Será lançado nesta terça-feira (9), às 8h30, o Projeto Cães Doutores no Hospital Barão de Lucena (HBL) que vai auxiliar no tratamento de crianças com dificuldades motoras e cognitivas. A sessão especial de Cinoterapia será realizada no pátio externo do hospital e vai contar com animais das raças Fox Paulistinha, Dachshund, Golden Retriever e Border Collie.

A expectativa é que o projeto beneficie os pacientes da pediatria, principalmente crianças com problemas neurológicos e algumas síndromes progressivas. “A Cinoterapia é um método no qual o cachorro atua como mediador do tratamento. Buscamos desenvolver, com o cachorro e a criança, brincadeiras que possam trabalhar a necessidade do paciente, como coordenação, movimento ou concentração”, explica a terapeuta ocupacional do HBL e cinoterapeuta Andréa Souza.

Para participarem da terapia, os cães precisam passar por uma série de trabalhos e testes que avaliam a socialização dos animais. A reação do cachorro em situações inusitadas e o comportamento diante de uma grande quantidade de pessoas também são testados pelos adestradores e terapeutas. Os cães foram cedidos pelo Kennel Club do Estado que está fazendo parceria com o projeto. 

A intenção é incentivar o tratamento na unidade hospitalar. "A Cinoterapia pode tornar o processo de hospitalização o menos doloroso possível”, complementa Andréa.

8 de outubro de 2012

Competição de fotografia premia as melhores imagens de cachorros


Fotografias de cães sempre fazem o maior sucesso na Internet. Por que então não fazer um concurso para eleger as melhores? Foi exatamente isso o que Kennel Club da Inglaterra resolveu criar há sete anos, em 2005. Desde então, todo ano, um júri elege as fotografias mais fofas de cãezinhos de todo o mundo.
Esta imagem ganhou o prêmio de foto do ano (Foto: Reprodução)
Esta imagem ganhou o prêmio de foto do ano (Foto: Catherine Laurenson)


Disputado anualmente, o Kennel Club Dog Photographer of the Year é uma competição aberta tanto a profissionais quando a amadores de qualquer lugar do planeta. É só se inscrever e enviar suas imagens. Neste ano, o concurso atraiu por volta de cinco mil candidatos e, recentemente, foram divulgados os vencedores do campeonato.
A competição acontece em seis categorias: retrato, melhor amigo do homem, cachorros brincando, cachorros no trabalho, eu amo cachorros porque (exclusiva para fotógrafos de até 16 anos) e filhotes. Além, claro, da grande premiação de fotógrafo do ano, neste ano levada para casa por Catherine Laurenson, de Glasgow, na Escócia, pela fotografia de uma Border Collie em uma paisagem com um belo céu azul.
As imagens vencedoras de cada categoria ganharão uma grande divulgação. Todas elas irão aparecer na capa da revista "Kennel Gazette", além de serem disponibilizadas na exposição Discover Dogs, que será realizada em Earls Count, Londres, nos dias 10 e 11 de novembro.
+ Fotos click aqui
Fotografia que levou o prêmio na categoria retratos (Foto: Shane Wilkinson)Fotografia que levou o prêmio na categoria retratos (Foto: Shane Wilkinson)
Foto vencedora na categoria filhotes (Foto: Rhian White)Filhote "ataca" flores. Foto vencedora na categoria filhotes (Foto: Rhian White)
Cão negro ganhou prêmio na categoria sub-16 (Foto: Reprodução)Foto de labrador preto ganhou prêmio na categoria sub-16 (Foto: Jessica Keating)
Beijinho do cão em menino venceu categoria de melhor amigo do homem (Foto: Reprodução)Beijinho do cão em menino venceu categoria de melhor amigo do homem (Foto: Emma Carter)
Imagem de cão brincando com bola levou o primeiro lugar na categoria de brincadeiras (Foto: Doug Jewell)Imagem de cão brincando com bola levou o primeiro lugar na categoria de brincadeiras (Foto: Doug Jewell)

25 de setembro de 2012

Candidato a vereador, Bethove faz 'au au' mas não é cachorro não


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Camelôs e comerciantes são cabos eleitorais fiéis de Bethove, que, além de latir no guia, é vendedor ambulante e promete um Hospital Veterinário Municipal e uma creche para os cães
Foto: Jéfte Amorim

Jéfte AmorimDo NE10
Qualquer um que o tenha visto na TV, durante a propaganda eleitoral gratuita, não esquece do seu "au au" de despedida. Mas o vendedor ambulante Bethove mostra que tem muito mais experiência guardada nos bigodes do que o seu latido deixa escapar. Disputando uma vaga na Câmara Municipal do Recife pelo PTC, ele tem a construção de um hospital veterinário municipal como sua principal bandeira.
Defensor dos animais, Bethove faz questão de esclarecer que a candidatura é um sonho antigo. "Eu sempre quis poder ajudar o povo como político. Desde os 22 anos, eu tenho esse sonho", destaca. Hoje, aos 62, afirma que chegou o seu momento. "Foi a minha chance. Dr. Antônio, vice-presidente regional do PTC, me chamou pra ser candidato. Aí eu aceitei", conta.

Mesmo com poucos recursos, Bethove aposta na conquista da vaga no Legislativo Municipal
Apesar da militância em defesa dos animais, Bethove esclarece que o nome não tem relação com o cão popularizado pelo cinema. "O apelido foi Mário Prazeres que botou, quando eu era vendedor de calcinhas. Era o nome do pai dele e, como ele não conseguia falar o meu, chamava assim", lembra ele, que foi batizado como Bertholdo Gonçalves de Oliveira. Entretanto, é o cão da raça São Bernardo o principal ícone de suas peças de campanha.
Dono do box de número 64 no camelódromo da Dantas Barreto, uma das mais importantes avenidas do Centro da cidade, Bethove é popular entre os camelôs. Com adesivos espalhados por todo o corredor onde trabalha, ele afirma que sente o apoio dos eleitores do local. "Aqui todo mundo é Bethove", garante.
Disputando o seu primeiro pleito, ele confessa que o mais difícil é o financiamento da campanha. "Só quem é rico é que pode pagar muita coisa. É por isso que eles ganham. A minha propaganda sou em quem faço", desabafa. No entanto se gaba de o seu slogan ter pegado. "Já tem candidato com raiva de mim porque meu slogan pegou. Aonde eu vou, tem gente dizendo: Vou votar no cachorro!", afirma.
E ele não desanima. Enquanto faz campanha nos bairros do Recife, a sobrinha toma conta do box onde vende desde canetas a aparelhos eletrônicos. "Ela é quem me ajuda. Fica aqui de manhã e, quando eu chego, de uma hora da tarde, ela vai embora com o trocadinho que ela apurou", diz. Nesse esquema, o trabalhador e sonhador persistente garante já ter visitado mais de 42 pontos da capital pernambucana.
Na corrida pelo que atesta ser o seu grande sonho - a legislatura municipal -, ele se diz emocionado quando fala em animais. Revelando que desde criança não gostava de ver os cavalos sendo chicoteadas, o homem pacato, de voz grave e grandes bigodes deixa até marejar os olhos enquanto repete o seu compromisso: "Eu vou ajudar os camelôs também, mas a primeira coisa que eu vou fazer é criar um hospital público de animais. E depois vou brigar por uma creche. Não tem pra criança, quando os pais não podem ficar?! Por que não pode ter pra bicho?", questiona.

20 de setembro de 2012

Recife realiza panfletagem no dia mundial contra a exploração dos animais


Ativistas se reunirão este sábado (22) na Av. Boa Viagem, na altura da Rua Tomé Gibson. Haverá ainda palestras sobre o tema


Várias cidades do mundo comemoram, no sábado (22), o Dia Mundial pelo Fim da Crueldade e da Exploração Contra os Animais. No Recife, a data será celebrada pela segunda vez na Avenida Boa Viagem, na altura da Rua Tomé Gibson. Quem coordena a ação, na capital, é a Sociedade Vegetariana Brasileira Mandacaru (SVB/PE) e o Grupo de ativistas de defesa dos Direitos dos Animais (Ativeg). O apoio é da organização internacional Worldwide Events to End Animal Cruelty (Weeac).
O calçadão de Boa Viagem será ocupado, das 15h30 às 18h, por grupos que defendem o fim de qualquer tipo de exploração animal. “Apoiamos, em todos os aspectos, o fim do uso de animais. Da alimentação à moda, da experimentação farmacêutica à criação para o abate”, explica o coordenador da Weeac no Recife, Marcelo Zenaide.
Na programação, haverá panfletagens pedagógicas sobre o tema. A partir das 17h, os manifestantes apresentam palestras sobre vegetarianismo e veganismo, exploração animal no mundo, cultura de paz e guarda responsável de animais.
Por último, será realizada uma ação de guerrilha, em que, de forma lúdica, alguns participantes serão enjaulados. O objetivo é chamar a atenção acerca do tratamento dos animais, que são criados em pequenos compartimentos para o abate final.
São esperadas a participação de diversas organizações voltadas para a guarda de animais abandonados, como a Adote um Vira-Lata, o Movimento de Defesa Animal (MDA), a Brala e a Solidariedade à Vida Animal (Sava).
Além do Recife, Campinas,  Brasília, Campo Grande, Curitiba, Barbacena, Fortaleza e  Rio de Janeiro realizam evento para marcar Dia Mundial pelo Fim da Crueldade e da Exploração Contra os Animais. Internacionalmente, a causa é lembrada simultaneamente em Melbourne (Austrália), Viena (Áustria), Berlim (Alemanha), Lima (Peru), Lisboa (Portugal) e Bucareste (Romênia). 

18 de setembro de 2012

Ter um animal de estimação traz alegria, qualidade de vida e saúde


  • Para os humanos, a relação com seus animais de estimação é como um resgate da natureza
    Para os humanos, a relação com seus animais de estimação é como um resgate da natureza
Um casamento pode se desfazer em pouco tempo. Já a relação entre um humano e seu bicho de estimação, quase sempre, cumpre o “até que a morte os separe”.  É assim há pelo menos 10 mil anos, desde que o homem domesticou cão e gato.  Aos poucos, tornaram-se companheiros inseparáveis e essa relação foi evoluindo ao longo do tempo.

Filmes como “Marley e Eu” e “Para sempre ao seu lado”, que mostram o relacionamento entre os humanos e seus animais de estimação, não só foram sucesso de bilheteria como levaram plateias às lágrimas.

Hoje, pesquisas e estudos em todo o mundo demonstram que a convivência com os animais traz tranquilidade e bem-estar às pessoas.  Alexandre Rossi, especialista em comportamento animal e atualmente com o programa “Missão Pet” no canal a cabo Nat Geo, vivencia de perto essa interação benéfica.

“Quando levamos cães em locais com pessoas doentes, em especial crianças, e  idosos, constatamos a alegria que trazem. A relação é muito diferente se há apenas humanos nas visitas”, relata Rossi.

O zootecnista lembra-se, em especial, de um golden retriever. “Era muito interessante, porque ele sempre dava carinho e atenção à criança que mais parecia triste. Ficava do lado e, aos poucos, ela começava a brincar.”
Uma extensão de si mesmo
  • Detento convive com gato em penitenciária dos Estados Unidos; segundo pesquisas, os felinos ajudam a trazer o lado sensível destes homens
Rossi explica que, ao contrário dos visitantes que se comovem com as histórias e muitas vezes não conseguem dar força às crianças e velhinhos, os cães trazem leveza ao ambiente.  “Eles brincam, fazem algo engraçado e proporcionam momentos de muita descontração.”

Para quem perdeu a capacidade de se locomover, por acidente ou até mesmo pela idade avançada, estar perto de um animal é se realizar através dele. “Quando essa pessoa vê um cachorro brincando e correndo como louco, é como se fosse uma extensão dele”, analisa Rossi.

Além disso, para quem quer emagrecer, ter um cão é uma excelente pedida. Isso porque é necessário fazer passeios diários, assim, sem perceber, a pessoa está se exercitando. Sem contar que, no caminho, vai fazendo amizades e conhecendo gente nova.
Relacionamento saudável
 

VOCÊ É GATEIRO OU CACHORREIRO?

  • Você já parou para pensar por que gosta mais de cachorro ou gato? Por que se identifica mais com Garfield ou Odie?
    Segundo o professor Carlos C. Alberts, a diferença de comportamento dos dois animais pode explicar essa preferência. “O cachorro vê o ser humano como um líder. Em uma matilha, todos os cães querem agradar o líder, o veneram e são condicionados a ele”, comenta. Geralmente, uma pessoa que não se incomode com essa relação de dependência, se dará melhor com um cão.
    Um gato visualiza o dono mais como uma mãe ou irmão mais velho. “Sua célula social é a família. Ele é amoroso, mas faz o que quer, tem certa independência”, explica o professor. Nesse caso, alguém que tenha as mesmas características escolherá um felino.
Que conviver com animais desde cedo faz bem à saúde, proporcionando o aparecimento de anticorpos e, deste modo, evitando futuras alergias, já está comprovado cientificamente.

Agora, estudos já demonstraram que o contato com os animais aumenta a produção de endorfina no organismo, o hormônio que causa prazer e sensação de bem-estar. Além disso, o convívio com um cão ou gato diminui a pressão sanguínea, os níveis de colesterol e do estresse e também reduz o risco de problemas cardiovasculares.

Nos Estados Unidos, cachorros e gatos têm sido usados em prisões como forma de melhorar o clima interno. Em uma penitenciária feminina de Bedford Hills, as detentas ajudam a adestrar filhotes de labradores e golden retrievers. Após um ano, eles são doados a pessoas com deficiência físicas ou com estresse pós-traumático, como ex-veteranos de guerra.

Em prisões de vários Estados, graças a parcerias com abrigos de animais, gatos que estavam prestes a serem sacrificados são enviados para que os prisioneiros cuidem deles. Muitos destes, no corredor da morte. Para as autoridades locais, os gatos trazem o lado sensível daqueles homens, como se fossem crianças. Além disso, a presença dos felinos alivia a raiva e tira o estresse e a agressividade destes condenados.  

CUIDE BEM DE SEU PET

Alexandre Rossi dá dicas de como ter uma relação equilibrada com seu bichinho:
Não mime seu cão ou gato. Isso não é saudável nem para o animal, nem para você. Contrariado, ele pode ter atitudes agressivas
Não facilite a vida de seu pet. Ele precisa preservar os instintos. Faço-o farejar o que quer, use brinquedos que soltem a ração aos poucos
Caminhe, brinque com bolinha, faça com que ele se exercite. Isso é fundamental para a saúde dos animais
Se você tem um cão, leve-o para passear, assim ele mantém contato com outros de sua raça
Lembrem-se de que os animais, assim como os humanos, gostam de atenção e carinho
Resgate da natureza

Segundo a Abinpet  (Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação),  até o fim do ano, teremos 37,1 milhões de cachorros e 21,4 milhões de gatos espalhados pelo país.  É só andar pelas ruas ou visitar casas e apartamentos para confirmar esses números.

Essa grande quantidade de pets na vida das pessoas talvez seja a busca de algo que se perdeu com a vida corrida e estressante.  “Hoje, vivemos em um mundo com aspecto artificial, rodeado de tecnologia e praticamente sem natureza por perto. A relação com os animais é uma forma de resgatar esse contato. É a ligação do ser humano com algo mais natural”, explica Carlos C. Alberts, professor de zoologia da UNESP no campus de Assis.

Muitas vezes as pessoas estão cansadas de interagir umas com as outras e elegem os animais para ter uma relação mais estável e até prazerosa. “Os animais têm um comportamento automático. Quando percebem que outro é mais forte, eles se submetem. Aí não há conflito e a relação torna-se mais fácil”, comenta o professor Alberts.

E não deixa de ser muito prazeroso chegar em casa e ser recebido com lambidas e pulos dos cães ou daquele entrelace dançante entre as pernas que só os gatos sabem fazer.

CÃO DE MORADOR DE RUA LEVA FACADA PARA DEFENDER O DONO DE LADRÃO

  • Pessoas que circulam pelo bairro da Saúde, em São Paulo, se comovem com a relação de Sebastião Palermo e seus cães, Fred (à direita) e Diana. Morador de rua há 20 anos, Sebastião considera os animais como sua família.
    O sentimento de fidelidade e amor pode ser traduzido pela atitude de Fred, que levou uma facada só para defender o dono de um ladrão. “Estava dormindo em frente a uma loja e um homem veio me roubar. O Fred percebeu, foi em cima dele e acabou levando a facada”, relembra.
    O cachorro foi ajudado por moradores do local e, após passar por cirurgia, está bem. Sebastião cuida dele desde quando era filhotinho. “O Fred é filho da Diana. Eles são fundamentais na minha vida. Não sei o que seria de mim sem os dois”
Percepção que ajuda e salva

Além de proporcionar bem-estar psicológico, os animais também podem ajudar os seres humanos de formas surpreendentes. Pesquisas comprovaram que cães ajudam a detectar cânceres precoces. Por seu olfato apurado, os cachorros descobrem a doença pelo cheiro alterado das pessoas que apenas eles conseguem sentir.

Mas os felinos não ficam atrás. O professor Alberts relata a história de um homem de 60 anos que descobriu estar com um tumor graças a seu gato. De uma hora para a outra, o animal começou a colocar a patinha próxima ao peito do dono e a miar sem parar. Fez isso várias vezes, sempre no mesmo lugar.  “A pessoa ficou cismada, procurou um médico e recebeu o diagnóstico de um tumor que começava a se formar.”

Já especialistas do Centro de Pesquisa do Hospital de Brest, na França, comprovaram que crianças autistas que passaram a ter um cão ou um gato, quando já tinham mais de cinco anos de idade, têm mais chance de apresentar melhora no relacionamento com outras pessoas se comparadas a outras que já nasceram em lares com a presença algum bicho ou que passaram a vida sem conviver com um.

Lorcan Dillon, um garoto inglês de sete anos, diagnosticado como portador de mutismo seletivo ainda aos três anos de idade, começou a se relacionar melhor com outras pessoas após ganhar uma gata. Sua mãe conta que ele costuma dizer à gata “Eu te amo, Jessy”, fora que a felina participa com ele de atividades e o ajuda a ter mais autoconfiança.

Também não é incomum vermos casos de animais que alertaram seus tutores em casos de incêndios e até em terremotos e tsunamis, como os do Japão. E, assim, conseguiram salvar suas vidas.
  • Letícia Cristina de Souza Teixeira, aos quatro anos, e sua gata Marie "Cristina" em sua casa, em São Bernardo do Campo (SP), em foto de setembro de 2009. A menina que nasceu com hidrocefalia e faz fisioterapia desde os 4 meses de idade passou a ser mais persistente no tratamento depois que ganhou o bichinho de estimação